Classificação por tipo e bebida
No Brasil, a qualidade do café é avaliada, principalmente, em função de duas classificações: por tipo e por bebida.
Os principais critérios da avaliação por tipo são o aspecto e a quantidade de defeitos presentes em uma amostra de 300 gramas de café beneficiado.
No Brasil, a classificação por tipo admite sete valores decrescentes, de 2 a 8, segundo a Tabela Oficial Brasileira de Classificação. Cada tipo corresponde a um maior ou menor número de defeitos, como grãos imperfeitos ou impurezas, contidos na amostra.
Para a composição da tabela, tomou-se como padrão o grão preto, considerado o pior dos defeitos. Os demais, como os ardidos, as conchas, os brocados e os paus, são considerados secundários.
Peneira
A classificação oficial do café por peneira discrimina os grãos beneficiados pelas suas dimensões. Eles são separados e quantificados por peneiras de formas circulares e alongadas, designadas por números, divididos por 64. Cada número indica o tamanho dos furos, expressos em frações de polegadas. As peneiras de grãos chatos vão de 12 a 20 e as dos grãos mocas (arredondados) vão de 8 a 13.
Cor
A cor dos grãos de café influencia, de forma quase decisiva, a avaliação do seu aspecto. As principais tonalidades de cores apresentadas do café arábica são: verde-azulada, verde-cana, verde, esverdeada, amarelada, amarela, marrom, chumbada, esbranquiçada e discrepante.
O marrom, normalmente, é atribuído ao grão do café conillon e a cor discrepante é conseqüência de ligas de lotes de café de safras e cores diferentes.
Apenas o café arábica possui classificação quanto à cor, aspecto, peneira, tipo e bebida.
Prova de xícara
A determinação da qualidade da bebida, conhecida como análise sensorial, é realizada segundo o sabor e o aroma que o café apresenta na prova de xícara. Essa classificação é quase tão antiga quanto a história do café no Brasil. Surgiu no início do século XX e foi adotada pela Bolsa Oficial de Café e Mercadorias de Santos, a partir de 1917.
Apesar de ser considerado o critério mais importante na avaliação da qualidade do café, a análise sensorial tem considerado a bebida dura como valorização máxima. A tendência dificulta, no entanto, os trabalhos de pesquisas e avaliações, que procuram encontrar, cientificamente, por meio da análise química, maior precisão na definição dos diferentes padrões de qualidade.
Basicamente, a análise sensorial é realizada por provadores treinados para diferenciar os cafés, segundo seus sentidos.
Em ordem decrescente, e de acordo com a tabela oficial de classificação pela bebida, o café é classificado como “estritamente mole”, “mole”, “apenas mole”, “dura”, “riado”, “rio” e “rio zona”.